A palavra ordo, ordem, aplicava-se no uso civil romano, com um sentido colegial, a um grupo social, distinto do restante do povo: a ordem dos senadores, dos cavaleiros. Muito cedo passou a usar-se em registro cristão para designar os ministros dentro da comunidade: a ordem dos bispos, dos presbíteros, dos diáconos.

 

É chamou-se “ordenação” à celebração sacramental, na qual, com orações e gestos simbólicos, se conferem a graça e o poder dos diversos ministérios, introduzindo uma pessoa na “ordem” correspondente. O rito de ordenação foi conhecendo estruturas e textos muito variados, ao longo dos séculos e nos diversos ritos litúrgicos do Oriente e do Ocidente. O elemento essencial do rito de ordenação é a imposição das mãos por parte do bispo e a prece de ordenação, distinta para cada grau. É precisamente assim, com a imposição das mãos e a oração, que se percebe como, desde o Novo Testamento, se conferia o sacramento (At 6,6 e 1Tm 4,14).

 

A ordem é um dos sete sacramentos que confere o poder e a graça de exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma de quem o recebe o caráter de ministro de Deus.

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ADALZÁBAL, J. Vocabulário básico de Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2013, p.261-262.