Um dos traços mais característicos de Jesus no Evangelho é o de que ele curava os doentes, dedicava-lhes o seu tempo, animava-os. Esse ministério

curativo de Jesus tinha um sentido messiânico: era símbolo e sacramento do poder libertador integral que tinha como Messias. Assumindo as nossas

debilidades em si mesmo (Mt 8,17).

 

Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhes- ão perdoados” (Tg 5, 13-15). Durante dois mil anos, a Igreja continuou a cuidar dos doentes em todas as dimensões, e também celebrando com eles o sacramento da Unção, dando-lhes a força e a graça na sua debilidade. A Unção é o sacramento específico para os cristãos doentes.

 

Os textos da celebração apresentam-no como o encontro sacramental com Cristo médico e pastor, que está próximo e continua a curar, aliviando e libertando do mal. Este sacramento não é só para quem se encontra nos últimos momentos da sua vida, mas também para todo o cristão que, “por doença ou velhice, começa a estar em perigo de morte” (Sacrosanctum Concilium, n. 73), ou como diz o Ritual “aos fiéis gravemente doentes, incluídos os anciãos” quer em razão da própria enfermidade, quer em razão da idade avançada. O ministro da Unção é só o sacerdote, embora na história dos primeiros séculos também os leigos a administrassem.

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ADALZÁBAL, J. Vocabulário básico de Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2013, p.381-382.